Você já pensou em parar alguns minutos e voltar a atenção para o significado da palavra autismo? Talvez esta seja a semana certa para refletir sobre esse jeito especial de ser criança. Em Pelotas, uma parada de conscientização será realizada no Calçadão no próximo sábado para lembrar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado no dia 2 de abril.
Não é de hoje que especialistas e organizações da sociedade civil alertam para a necessidade do diagnóstico precoce. O autismo é uma síndrome que afeta de maneira acentuada a capacidade do indivíduo falar, comunicar-se e interagir com outras pessoas e com o ambiente. Estima-se que 2 milhões de brasileiros sejam autistas. Em todo o mundo, são cerca de 70 milhões de pessoas, de acordo com as Nações Unidas. O transtorno é mais comum em homens do que em mulheres.
Desinteresse pela convivência com outras pessoas, pouco contato visual, fixação por objetos, não reagir quando é chamado por alguém ou recusar contato físico são alguns dos sinais do autismo, que aparecem, em sua maioria, antes dos três anos de idade.
Até o momento, não há cura para o autismo, mas o tratamento, quando iniciado logo após o diagnóstico, aumenta as chances de a criança ter mais independência na vida adulta. No entanto, muitos psiquiatras lamentam que pais e até mesmo profissionais de saúde estejam despreparados para reconhecer os sintomas.
O tratamento não é o mesmo para todos os autistas, que podem apresentar grau leve ou severo (quando compromete mais o indivíduo), mas baseia-se em terapias comportamentais e médicas com o objetivo de estimular o indivíduo a se socializar e ter qualidade de vida.
A educação tem também um papel fundamental para que o autista possa ter melhor convivência no ambiente onde vive. Especialistas defendem que a escola deve ter uma abordagem específica para lidar com essas crianças e reclamam da falta de instituições adequadas.
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